Da Redação - Marcos Coutinho e Ronaldo Pacheco
Foto: José Medeiros/ Fotos da Terra
Eles esperam uma resposta do governo federal em caráter de urgência sobre a suspensão das demarcações das reservas indígenas e a revisão dos processos das áreas já demarcadas, que resultaram na expulsão de milhares de famílias que viviam no Vale do Araguaia desde a primeira metade da década de 70, e de inúmeras outras regiões do país.
A determinação dos produtores rurais é permanecer acampados até que haja uma decisão do governo federal sobre as reivindicações da classe. "Temos uma vida inteira dedicada à região, como empreendedores pioneiros e exigimos um mínimo de respeito", explica Sebastião do Prado, um dos líderes do movimento.
Na próxima quarta-feira, dia 3 de junho, está confirmada uma audiência na Federação da Agricultura do Estado (Famato), envolvendo os produtores rurais desalojados e deputados estaduais, para avaliar a situação. "A expectativa é que o governo estadual encampe a nossa luta, que, na prática, é de Mato Grosso e não apenas dos agricultores", justifica Sebastiao do Prado.
A meta é exortar os deputados e o governo de Mato Grosso a apoiar movimentos contra os abusos da Funai. "Temos que seguir o exemplo de Mato Grosso do Sul, onde um grande enfrentamento foi feito inclusive com apoio do governo. E também estamos dispostos a montar acampamento em Brasília porque não estamos vendo determinação do governo federal em conter os da Funai, que são gravíssimos e geram insegurança, além de estimular conflitos e violência", acrescenta.
Fonte: Olhar Direto
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