Jussimara Bacha, esposa do dono do imóvel, teve que ser escoltada pela Polícia Federal |
A ação aconteceu três horas antes de extrapolar o prazo dado pela Justiça para que os índios deixassem o local. Segundo familiares de Bacha, os terena teriam cercado a sede, cortado a fiação da rede elétrica e ameaçado a família do proprietário e os funcionários da fazenda com armas.
Quando os índios cercaram a sede da fazenda, os proprietários se trancaram dentro do imóvel. A família se recusou a sair do local e por isso a polícia deu voz de prisão para que eles deixassem a sede.
De acordo com o delegado Fernando Paganelli, a família foi escoltada para fora da propriedade para evitar conflitos maiores. “Quem tem que negociar com os índios é a Polícia Federal e não a família”, ponderou. O delegado disse aguardar decisões de instâncias superiores, como a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para voltar ao local. No momento, apenas os índios estão na fazenda. A Polícia Federal não se pronunciou oficialmente até o momento.
Ricardo Bacha, que está em posto de gasolina próximo a fazenda Buriti, acusou a Polícia Federal de ser conivente com a ação. "A Polícia Federal parece ser conivente com os índios. Estou muito decepcionado porque a polícia sabia que isso poderia acontecer e deixou apenas quatro agentes na fazenda”.
A PF não autoriza ninguém a chegar perto da propriedade por questões de segurança. Ninguém da Funai foi localizado para falar sobre o assunto.
Fonte: Questão Indigena
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