Suiá-Missú: Produtores retirados da gleba estão acampados na BR 158 há 90 dias. Cerca de 182 famílias estão debaixo de lonas, dentre eles, pequenos e médios produtores de soja, leite, frutas e pecuaristas. Agricultores recebem doações da prefeitura e da população local para sobreviver. Algumas casas tomadas pelos índios já foram demolidas pela Funai.
Os agricultores estão recebendo doações da população local para sobreviver, conforme relata o produtor rural expulso da área, Sebastião Prado. “Esse é um povo sem esperança, sem futuro, sem dignidade, sem justiça, não acreditamos que aconteceria isso, é um crime hediondo”, afirma.
Além disso, o produtor sinaliza que a Funai teria contratado uma patrulha para demolir todas as construções que havia na gleba. “Estão desmanchando tudo e enterrando para que ninguém que passe pelo local fique indignado. Não sabemos para quem gritar ou pedir socorro”, relata Prado. Entre as edificações destruídas pela entidade estão duas escolas, e com a situação mais de 1.200 alunos estão sem aulas.
Frente a esse cenário, o agricultor destaca que os produtores rurais de todo o país devem unir forças para evitar que a situação se repita em outras regiões, como é o caso de Sidrolândia (MS). “Eu tinha uma vida estável, e hoje e não posso ter casa, emprego, carro, e ainda saímos de lá marginalizados. Esperamos que a justiça seja feita”, finaliza Prado.
Confira abaixo imagens do acampamento em Posto da Mata, Suiá Missu BR 158
Fonte: Notícias Agrícolas // João Batista Olivi/Fernanda Custódio
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